Palhaço Palito / arquivo Circo Lahetô |
Apesar das inovações, o evento também não abre
mão de suas raízes: pelo menos um grande artista circense é sempre
homenageado. A exemplo disso estão Robby Rethy Junior (SP),
considerado o malabarista mais rápido da América do Sul e do
saudoso Palhaço Zé Palito do Circo Lahetô (GO), lembrado por todos
como um grande herói do picadeiro.
Palhaço Seu Menino |
Já receberam nossa homenagem também o Mestre Washington da Cia Bokemboka (Anápolis/GO), também conhecido como Palhaço Seu Menino, que em 2010 recebeu o Prêmio “Carequinha” do Ministério da Cultura, como parte do reconhecimento por sua atuação com brincadeiras e brinquedos educativos e sua criatividade para ensinar e divertir no caminho da consciência política, ambiental e ecológica através da à cultura tradicional.
Maneco Maracá, Seluta Rodrigues e filho |
Em 2012 o evento homenageou o palhaço Maneco Maracá
(Circo Lahetô/GO), pela sua trajetória como artista, representante
do circo social e de famílias circenses, e produtor dedicado à arte
do circo, também detentor de vários prêmios nacionais como
ITAÚ/Unicef.
Esta edição de 2013 nosso homenageado é Mestre
Zezito
José André dos Santos |
José André dos Santos, que nasceu em 1949 no Ceará. Chegou
a Brasília no ano de 1991, onde morou e trabalhou oferecendo aulas
de circo por dois anos. Após o tempo de trabalho na capital, Mestre
Zezito conseguiu juntar dinheiro para construir sua casa na cidade de
Águas Lindas (GO). No local, fundou o Grupo Circo, Boneco e Riso e
ensinava a adolescentes diversas técnicas do universo circense como
malabarismo, monociclo, perna-de-pau, equilibrismo e acrobacias.
Faleceu no dia 4 de maio 2006, deixando como herança para a cidade
os trabalhos ainda desenvolvidos pelo grupo em parceria com a
Cooperativa Brasiliense de Teatro, realizadora anualmente da Mostra
Zezito já em sua 6ª edição para setembro de 2013.
Mestre Zezito fabricava brinquedos populares |
Educando e ensinando os truques e as artimanhas circenses para alunos e amantes do circo no Brasil, Mestre Zezito coordenava as oficinas de seu Ponto de Cultura em Águas Lindas / Goiás. Mantinha tradição naquele cidade, esquecida tanto pelo governo de Goiás como pelo DF. Empunhando como um guerreiro medieval a lança em defesa de sua arte e de sua história. Mestre Zezito era palhaço, fabricava e ensinava brinquedos populares que estavam na memória distante e lúdica das pessoas. E se apresentava em qualquer lugar onde houvessem pessoas que orgulhosamente se sentiam brasileiras como todos nós.
Mestre Zezito / arquivo redecandanga.com.br |
É com a força e alegria na certeza de dar
continuidade aos melhores ensinamentos destes mestres que o 7º
Festival Goiano de Malabares põe seu bloco na rua e convida a tod@s
para um passeio ao universo cênico, trazendo em seu coração a
alegria do circo estampada no rosto, o brilho nos olhos diante ao
ilusionismo, o vôo preciso dos acrobatas, a pluralidade dos
malabaristas e a generosidade da alma do palhaço.
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